Preocupações da Geração Mais Velha na Grande Transferência de Riqueza

Preocupações da Geração Mais Velha na Grande Transferência de Riqueza
Preocupações da Geração Mais Velha na Grande Transferência de Riqueza

A Grande Transferência de Riqueza está em andamento e gera preocupações sobre como educar os herdeiros sobre os negócios familiares. Vamos explorar essas questões!

O que é a Grande Transferência de Riqueza?

Olha só, estamos vivendo um momento histórico, uma verdadeira mudança de guarda no mundo das finanças. Entre agora e o ano de 2048, uma quantia estimada em US$ 124 trilhões em bens de família vai passar da Geração X para os millennials e a Geração Z. É a primeira vez que vemos uma transferência de riqueza em massa desse jeito, e ela já começou a se desenrolar lá por meados dos anos 2010, impulsionada pela aposentadoria da geração Baby Boomer.

Essa é a tal da Grande Transferência de Riqueza, um fenômeno tão grandioso que tem um nome próprio! É como se uma maratona de revezamento estivesse acontecendo, e o bastão da fortuna está sendo passado adiante. É um evento que impacta não só as famílias, mas a economia global de um jeito que a gente nem imagina.

Preocupações sobre a educação financeira dos herdeiros

Agora, vamos ser sinceros: quem tem um negócio de família, especialmente os mais antigos, sente um frio na barriga. A maior preocupação dos mais velhos, principalmente na Ásia — onde muitas das empresas mais antigas do mundo são familiares —, é como preparar os filhos para assumir essa responsabilidade. Será que os herdeiros terão o mesmo interesse e a mesma capacidade de levar adiante um legado que, em alguns casos, já dura mais de cem anos?

É uma questão que vai além do dinheiro, sabe? É sobre a paixão, a dedicação e o conhecimento para manter a roda girando. E essa incerteza é um peso grande para quem construiu tudo com tanto suor.

Diferenças de atitude em relação ao dinheiro entre gerações

Essa preocupação se intensifica quando a gente olha para as diferenças de mentalidade. Os Baby Boomers e a Geração X, por exemplo, foram criados com a ideia de um “emprego para a vida toda” e focados em acumular para a aposentadoria. Já os millennials (nascidos entre 1981 e 1996) e a Geração Z têm uma relação diferente com o dinheiro.

Segundo um artigo do Financial Times, os millennials, por vezes, carecem de educação financeira e tendem a acumular dívidas de cartão de crédito. A Geração Z, por sua vez, costuma ter uma visão fiscal mais de curto prazo. Essas diferenças podem criar um abismo na hora de discutir o futuro dos bens e dos negócios.

Emoções que dificultam a conversa sobre herança

Ah, as emoções… Elas são um campo minado quando o assunto é herança e sucessão. As gerações mais velhas, muitas vezes, são mais reservadas para falar de dinheiro, o que já é uma barreira. E para os mais jovens, tocar no assunto de herdar pode ser desconfortável, pois, infelizmente, remete à ideia de morte.

Além disso, os jovens têm visões diferentes sobre como tocar uma empresa. Eles são mais conscientes de questões sociais, como mudanças climáticas, a revolução da IA e a globalização. Já os mais velhos podem ter uma postura mais conservadora, focando na preservação do patrimônio. Essas divergências podem esquentar as discussões e até gerar conflitos familiares, fazendo com que muitas famílias adiem essas conversas cruciais, o que, no fim das contas, só atrapalha uma transição tranquila.

Acelerando a transferência de riqueza após a pandemia

A pandemia de 2020, infelizmente, acelerou essa transferência de riqueza. Um artigo do Guardian mostrou que mortes inesperadas e prematuras levaram a um aumento recorde no imposto sobre herança no Reino Unido, com £6,1 bilhões arrecadados entre 2021 e 2022. Muitos jovens se viram beneficiários de heranças inesperadas.

Uma pesquisa da Capital Group, que ouviu 600 pessoas na Europa, Ásia-Pacífico e EUA, revelou que famílias de alta renda estão, de fato, acelerando a transferência de bens. O estudo também apontou que 65% dos herdeiros da Geração X e millennials se arrependeram de como usaram o dinheiro, com quase dois em cada cinco desejando ter investido mais após a transferência. É um alerta para a importância de um bom planejamento!

Impacto da transferência de riqueza na economia global

A dimensão dessa transferência é gigantesca e tem um impacto global. A Cerulli and Associates, uma empresa de pesquisa de mercado, estimou que dos US$ 124 trilhões que serão transferidos, cerca de US$ 105 trilhões irão diretamente para os herdeiros, e US$ 18 trilhões para instituições de caridade. O banco suíço UBS, em seu relatório de riqueza de 2024, projeta que US$ 83 trilhões serão transferidos globalmente nas próximas duas décadas, com uma grande parte desses ativos concentrada na região da Ásia-Pacífico.

Um relatório recente da McKinsey ainda reforça que o valor desses ativos circulando no Oriente pode chegar a US$ 5,8 trilhões até 2030. São números que mostram a magnitude e a complexidade desse fenômeno.

Como planejar a sucessão em negócios familiares

Com todas essas preocupações na mente das gerações mais velhas, é mais do que sensato que as empresas familiares se preparem com antecedência para a Grande Transferência de Riqueza. A chave é ter aquelas conversas difíceis com seus herdeiros o quanto antes. Isso ajuda a evitar que mudanças inesperadas abalem o patrimônio da família.

É fundamental também que o propósito da riqueza familiar seja bem definido neste mundo cada vez mais complexo e volátil. Para isso, o diálogo significativo entre as gerações precisa continuar. As empresas familiares não podem mais se dar ao luxo de ficar paradas, esperando para ver o que acontece.

Importância da comunicação entre gerações

No fim das contas, tudo se resume à comunicação. A troca aberta e honesta entre as gerações é o pilar para uma transição de riqueza bem-sucedida. É preciso que os mais velhos se abram para discutir finanças e que os mais jovens se sintam à vontade para expressar suas visões e preocupações.

Quando há diálogo, é possível alinhar expectativas, educar os herdeiros sobre a gestão do patrimônio e dos negócios, e encontrar um equilíbrio entre a preservação do legado e a inovação. Sem essa ponte de comunicação, os riscos de conflitos e de uma transferência mal-sucedida aumentam consideravelmente. É um investimento de tempo e paciência que vale ouro para o futuro da família e do negócio.