Você já ouviu falar sobre job hugging? Essa nova tendência no mercado de trabalho está fazendo com que muitos profissionais se apeguem a seus empregos por medo da instabilidade econômica. Vamos entender melhor esse fenômeno e suas implicações.
O que é Job Hugging e por que ele está estagnando sua carreira?
Você já se sentiu “abraçando” seu emprego, mesmo quando sabe que talvez não seja o ideal para seu crescimento? Esse é o cerne do job hugging, uma tendência crescente no mercado de trabalho. Basicamente, é quando profissionais se agarram a seus cargos atuais por medo da incerteza econômica, em vez de buscar novas oportunidades que poderiam impulsionar suas carreiras.
O que é job hugging?
O termo “job hugging” descreve a atitude de se apegar ao emprego atual, como se estivesse “segurando-o com todas as forças”. Essa postura, identificada por consultores da renomada firma Korn Ferry, surge da insegurança. Em vez de fazer movimentos ousados na carreira, muitos preferem a estabilidade, mesmo que isso signifique estagnação. A Korn Ferry, inclusive, notou que menos colegas estão mudando de emprego ou pedindo ajuda para encontrar novas posições.
Causas do job hugging
A principal razão por trás do job hugging é o cenário de incerteza. Matt Bohn, um consultor de busca de executivos da Korn Ferry, destacou em um artigo citado pela CNBC que fatores econômicos, políticos e globais contribuem para essa hesitação. Além disso, o mercado de trabalho está mais apertado. Dados do Federal Reserve Bank of St. Louis mostram que a taxa de contratação está no ponto mais baixo da última década. Isso significa menos vagas e mais competição, o que naturalmente leva as pessoas a valorizarem o que já têm.
Impactos para os trabalhadores
Para quem pratica o job hugging, as consequências podem ser significativas. A estagnação profissional é a mais evidente. Geralmente, uma mudança de emprego vem acompanhada de um salário maior e novas habilidades. Ao permanecer no mesmo lugar por muito tempo, o profissional pode ver seus ganhos diminuírem em comparação com o mercado e deixar de adquirir conhecimentos essenciais para o futuro. Kim Perell, fundadora e investidora, compartilhou no podcast “How Success Happens” da Entrepreneur uma regra de ouro: “Se você não está ganhando e não está aprendendo, você precisa fazer uma mudança.” Ela sugere que, após três anos em um cargo, se não houver um aumento significativo de salário ou aquisição de novas habilidades, é hora de buscar algo diferente.
Consequências para as empresas
O job hugging não afeta apenas os funcionários; as empresas também sentem o impacto. Quando os colaboradores permanecem por muito tempo sem buscar novos desafios, há uma desaceleração na entrada de ideias frescas e perspectivas inovadoras. Isso pode frear a criatividade, a adaptação e, em última instância, o crescimento do negócio. A rotatividade saudável é importante para oxigenar o ambiente e trazer novas energias.
Como superar o job hugging?
Superar o job hugging exige coragem e planejamento. O primeiro passo é reconhecer a situação e avaliar se você está realmente crescendo. Se a regra de Kim Perell (“não está ganhando e não está aprendendo”) se aplica a você, é hora de agir. Invista em novas habilidades, atualize seu currículo e comece a explorar o mercado. Participar de eventos como a Level Up conference pode ser uma excelente forma de desbloquear estratégias para escalar seu negócio, aumentar a receita e construir um sucesso sustentável, seja como empregado ou empreendedor. Lembre-se: sua carreira é uma jornada, e a estagnação é o maior inimigo do progresso.
Givanildo Albuquerque