As compras nativas estão revolucionando a forma como interagimos com o comércio digital. Neste artigo, vamos explorar como o ChatGPT está mudando a experiência de compra online, tornando-a mais intuitiva e personalizada.
O que são compras nativas?
E aí, galera do marketing digital! Vocês já pararam pra pensar como a forma de comprar online está mudando? Recentemente, a OpenAI fez um movimento que, para mim, é um divisor de águas: adicionou a funcionalidade de compras nativas ao ChatGPT. E não foi só isso, rolou uma parceria estratégica com o Walmart. Isso significa que, pela primeira vez, a gente pode navegar e comprar produtos diretamente dentro de uma conversa com a inteligência artificial. Sem precisar de resultados de busca tradicionais, sem rolar páginas infinitas e, o mais importante, sem aquele intermediário gigante dos marketplaces.
A evolução do comércio digital
Por muito tempo, o comércio digital foi dominado por alguns “guardiões”, sabe? Plataformas como Google, Amazon e até o próprio Walmart online controlavam a visibilidade dos produtos através de rankings, algoritmos e toda aquela dinâmica de marketplace. Para aparecer, sua marca precisava jogar pelas regras deles. Mas, com a chegada das compras nativas impulsionadas por Modelos de Linguagem Grandes (LLMs), esse cenário está se transformando. É como se a porta do shopping digital se abrisse para um novo tipo de experiência, muito mais fluida e direta.
Impacto do ChatGPT nas compras online
O Tim Vanderhook, CEO da Viant Technology, que é um cara que entende muito do assunto, comentou que essa jogada da OpenAI pode redefinir todo o ecossistema do comércio digital. Ele acredita que isso quebra aquela dinâmica de “guardião” que plataformas como Amazon e Google sempre tiveram. Pensa comigo: se você pode conversar com uma IA, pedir uma recomendação de presente para sua mãe e já comprar ali mesmo, sem sair da conversa, a experiência de compra se torna algo totalmente novo. É menos sobre “onde” você compra e mais sobre “como” você compra.
Como funciona a interface de compras do ChatGPT?
No futuro próximo, o comércio impulsionado por LLMs vai ter uma interface que é, acima de tudo, conversacional, personalizada e super dinâmica. Esqueça o funil tradicional de “buscar → clicar → finalizar compra”. Agora, tudo se resume a uma única conversa inteligente. A IA atua como um assistente de compras, entendendo o contexto completo da sua necessidade: onde, quando, por que e para quem você está comprando. Isso torna a jornada de compra muito mais intuitiva e menos fragmentada.
A importância da personalização nas compras
A personalização é a chave aqui. Em vez de receber resultados de busca genéricos, a gente vai ter assistentes de compras movidos por IA que realmente entendem o que queremos. Eles consideram o contexto, o momento, a motivação e até a pessoa para quem estamos comprando. Isso não é só conveniência; é uma forma de a IA se antecipar às nossas necessidades, oferecendo produtos que realmente fazem sentido, quase como um amigo que conhece bem o nosso gosto.
Mudança no papel dos marketplaces
Os grandes players como Amazon e Walmart sempre se beneficiaram por controlar tanto o estoque quanto a descoberta dos produtos. Mas, quando a interface de descoberta muda das barras de busca deles para LLMs independentes e inteligentes como o ChatGPT, o jogo muda. O poder não está mais em “possuir o funil”, mas em “participar de um marketplace mais aberto e orquestrado”. Eles terão que se adaptar rapidamente, integrando-se a esses novos ecossistemas de IA para manter sua relevância.
Desafios para marcas e anunciantes
Essa é uma mudança sísmica para marcas e anunciantes, viu? Se a descoberta de produtos se torna conversacional e personalizada, e não mais baseada em rankings estáticos ou anúncios pagos, as estratégias de mídia tradicionais precisam de um novo manual. As marcas não devem otimizar apenas para palavras-chave, mas para o contexto. Isso eleva a importância da publicidade de funil completo, onde as estratégias de mídia paga são adaptadas à intenção e as campanhas de mídia de varejo podem ser ativadas, otimizadas e medidas em tempo real.
O futuro da atribuição e publicidade
No modelo de comércio nativo de IA, o funil de vendas tradicional simplesmente desmorona. A busca e a compra acontecem no mesmo instante, o que significa que a atribuição precisa evoluir. As marcas vão precisar de sistemas capazes de medir todo o caminho, desde o “prompt” (a pergunta para a IA) até a compra, em diferentes canais e dispositivos. O Tim Vanderhook aponta que a maioria dos profissionais de marketing ainda gasta cerca de 70% de seus orçamentos de anúncios pagos em canais como busca e redes sociais, que capturam a intenção existente (o que ele chama de “Demand Capture”). Apenas 30% é investido em canais de construção de marca de longo prazo, como Connected TV e áudio streaming, que geram demanda real (“Demand Generation”). Essa proporção precisa ser invertida na era da IA.
Como as marcas devem se adaptar?
As empresas que vão se destacar na era dos LLMs são aquelas que vão mudar essa lógica. Elas precisam investir MAIS em construção de marca, em Connected TV, em storytelling — todo aquele trabalho que gera demanda antes mesmo do consumidor digitar (ou perguntar) algo. Nesse novo cenário, contar a história da sua marca se torna uma estratégia de visibilidade crucial. As marcas que as pessoas já conhecem e confiam são as que têm mais chances de aparecer nas respostas de um LLM.
A relação entre confiança e compras nativas
A confiança é a base de tudo. Os consumidores só vão confiar nas recomendações de IA se o sistema realmente conquistar essa confiança. Por isso, a segurança da marca, a transparência e a autenticidade dos produtos serão inegociáveis. Os LLMs precisarão de controles de responsabilidade: de onde veio o produto, como foi verificado e se é real. Eles terão que mostrar o “porquê” de suas recomendações, não apenas o “o quê”. Para as marcas, isso significa ter uma presença forte no ecossistema de IA, fornecendo dados estruturados e garantindo que suas ofertas e estoques sejam verificáveis.
Oportunidades para pequenos varejistas
E tem uma ótima notícia para os pequenos varejistas! Historicamente, eles sempre tiveram dificuldade em competir na primeira página da Amazon ou do Google. Mas, em um modelo conversacional, eles podem se conectar diretamente ao sistema via APIs e ganhar por mérito, pelo valor do produto ou pela relevância, e não apenas pelo investimento em anúncios. Isso democratiza o acesso e cria um campo de jogo mais nivelado, o que é super empolgante, não acha?
Conclusão: O que esperar do futuro das compras
O que fica claro é que a ascensão das compras impulsionadas por LLMs não é apenas a chegada de mais um canal; ela redefine como a intenção, a descoberta e a conversão se encontram. Para nós, profissionais de marketing, isso significa que a visibilidade dependerá menos de rankings de busca ou de posicionamento de anúncios e mais de quão eficazmente os dados, as informações do produto e a confiança da marca estão integrados nos ecossistemas de IA. Os vencedores nesse novo cenário não serão aqueles que correm atrás de algoritmos, mas sim aqueles que tornam suas marcas compreensíveis — e indispensáveis — para sistemas inteligentes. É hora de se preparar para essa nova era!







Givanildo Albuquerque