Você já parou para pensar na importância do comportamento humano na busca por informações? Neste artigo, vamos explorar como essa constante influencia a evolução do SEO e a experiência do usuário.
A Busca Evoluiu: Foco no Comportamento Humano, Não Apenas em LLMs
E aí, pessoal do marketing digital! Tudo em ordem? Hoje, vamos mergulhar em um papo superimportante que está rolando no mundo do SEO e da Inteligência Artificial. O Ray Grieselhuber, que é CEO da Demand Sphere e organizador da Found Conference, trouxe uma perspectiva que faz a gente parar para pensar: por que devemos focar no comportamento humano na busca, e não só nos modelos de linguagem grandes (LLMs)?
A Evolução da Busca: Do Tradicional ao AI
Muita gente ainda fala em “busca tradicional” versus “busca com IA”, mas o Ray Grieselhuber tem uma visão diferente. Para ele, essa distinção já não existe. “É tudo busca com IA”, ele afirma. O Google, por exemplo, já usa IA em seus algoritmos há mais de uma década. Eles foram pioneiros nisso! A verdade é que a IA está integrada na forma como as informações são encontradas há muito tempo. O que muda é a interface e as ferramentas que usamos.
O Papel Crucial dos Dados de Fundamentação (Grounding Data)
Um ponto que o Ray destacou em um post recente no LinkedIn (confira aqui) é que os dados de fundamentação (grounding data) são muito mais importantes que o próprio modelo de IA. Ele explica que, sem uma mudança radical nos LLMs, não teremos janelas de contexto infinitas. Isso significa que, para ter informações atualizadas e confiáveis, precisamos de dados indexados, e eles precisam vir de algum lugar.
A equipe do Ray fez uma análise interessante sobre os padrões de citação do ChatGPT. Eles descobriram que cerca de 50% dos resultados do ChatGPT se sobrepõem aos resultados de busca do Google. Em comparação, a sobreposição com o Bing é de apenas 15% a 20%. Mesmo com a relação histórica entre Bing e OpenAI, o Google ainda tem uma vantagem enorme em dados e tamanho de índice. Isso mostra que o “índice é o prêmio”, como Ray mencionou.
Por Que o Comportamento Humano é a Constante?
Em outro comentário online (veja aqui), Ray Grieselhuber reforçou que “humanos são buscadores, sempre foram e sempre serão”. O que muda é a experiência, o comportamento e as ferramentas. Ele critica a tendência da nossa indústria de sempre declarar algo “morto” ou “a nova grande coisa” que anula tudo o que aprendemos.
O foco, segundo ele, deve ser o comportamento humano. Se você é um profissional de marketing, seu trabalho é atrair a atenção das pessoas através do comportamento de busca delas. As experiências podem evoluir, mas a essência da busca humana permanece a mesma. É essa constante que devemos observar.
O Impacto do Schema na Visibilidade dos LLMs
Quando o assunto é schema e sua utilidade para a visibilidade em LLMs, a verdade é um pouco mais complexa. Ray explica que os LLMs não processam diretamente o schema em seus dados de treinamento. No entanto, há uma influência limitada dos dados estruturados através das camadas de recuperação, quando os LLMs usam resultados de busca como dados de fundamentação.
O Google, de certa forma, “treinou” a internet inteira a otimizar sua compreensão semântica através do schema markup. Isso não foi feito apenas para os usuários. Ray comparou com o Core Web Vitals: “O Google usou o Core Web Vitals para fazer com que toda a internet se otimizasse, para que o Google não tivesse que gastar tanto dinheiro rastreando a internet, e eles fizeram algo parecido com a construção de sua camada semântica que lhes permitiu criar um nível totalmente novo de riqueza nos resultados.”
Ele enfatiza que o schema é apenas uma “dica”. A questão não é se ele funciona ou não, mas sim como ele impacta o usuário e o comportamento humano.
Atraindo a Atenção Humana Através do Comportamento de Busca
A ideia de que o SEO está “morto” ou que os LLMs são o “novo SEO” ignora uma realidade fundamental: o comportamento de busca das pessoas não mudou. Os humanos querem encontrar informações de forma eficiente, e essa necessidade básica é constante. Ray Grieselhuber acredita que os profissionais de SEO serão “forçados a se tornar os profissionais de marketing que deveriam ter sido o tempo todo, em vez de ignorar o usuário”.
Ele prevê que, em alguns anos, veremos essa fase como uma mudança positiva, onde a busca será melhor porque os SEOs precisarão abraçar mais habilidades de marketing e criatividade. A sugestão é usar mais nossos próprios dados, experimentar e aprender com os usuários e clientes. Estudos amplos são bons para direcionamento, mas não para a execução específica do seu negócio. “Se você está vendendo passagens aéreas, não importa muito como as pessoas estão comprando ração para cachorro”, ele exemplifica.
Uma Indústria Feita Para a Mudança
Apesar de toda a disrupção, Ray vê uma grande oportunidade. Os profissionais de SEO estão em uma posição única para se adaptar. “Somos pesquisadores e construtores por natureza; é por isso que esta indústria pode abraçar a mudança mais rápido do que a maioria”, ele comenta.
O sucesso na era da busca impulsionada por IA não é sobre dominar novas ferramentas ou perseguir as últimas técnicas de otimização. É sobre entender como as pessoas buscam informações, o que elas esperam e como oferecer valor genuíno em toda a sua jornada. Esses são princípios que sempre definiram um marketing eficaz.
Ray acredita que alguns usuários podem até sentir uma “exaustão de IA” e retornar à experiência de busca familiar do Google. No fim das contas, as pessoas vão navegar tanto pela IA generativa quanto pela busca tradicional, e os SEOs precisarão estar presentes em ambos os lugares. “Não importa como chamamos isso. O que importa é atrair a atenção através do comportamento de busca”, conclui.
Para aprofundar ainda mais, você pode conferir estes recursos adicionais:
Givanildo Albuquerque