Você já parou para pensar na importância da presença na liderança? Em tempos de incerteza, essa habilidade pode ser o diferencial que sua equipe precisa para prosperar. Vamos explorar juntos como cultivar essa qualidade essencial!
O que é presença na liderança?
Sabe aquela qualidade que a gente nem sempre percebe, mas que faz toda a diferença em um líder? É a presença. Não estou falando de carisma de palco ou de uma marca pessoal super elaborada, mas daquela capacidade de “estar lá” de verdade. É a presença constante, intencional, especialmente quando o bicho pega — sabe, naqueles momentos de incerteza, desconforto ou até mesmo de crise. Em um mundo que muda o tempo todo, com trabalho remoto, reviravoltas geopolíticas e transformações culturais, a presença se tornou um diferencial estratégico. E, olha, a gente fala tão pouco sobre isso, né?
Como a Rüya Bayegan, CEO da BGN — uma empresa global de energia que atua em mercados bem complexos e voláteis —, bem destacou, a forma como um líder se mostra impacta demais os resultados. Não é sobre ser o mais carismático, mas sobre ser consistente. É sobre como você se apresenta para sua equipe, seus clientes e parceiros. Pense nisso: é a sua “cara” que está em jogo.
Por que a presença é mais importante que a perfeição?
Muitos líderes sentem uma pressão enorme para ter todas as respostas, o plano perfeito, a execução impecável. Mas, em situações de alta pressão, as pessoas não estão buscando a perfeição. Elas querem estabilidade, sabe? Querem ter certeza de que alguém está prestando atenção, tomando decisões e se mantendo engajado, mesmo quando o caminho à frente não está nada claro.
É exatamente isso que a presença entrega: ela mostra que você é confiável mesmo no meio do caos. Constrói aquela confiança que é tão difícil de conquistar. E, o mais importante, ancora as equipes em meio à incerteza. Na indústria de energia, por exemplo, a expertise técnica pode até te abrir portas, mas é a presença genuína que mantém um negócio vivo. É ela que permite que você seja chamado quando as coisas dão errado, sem medo de ser visto como um tolo. É o que dá à sua equipe a confiança para agir sem ficar se questionando. E, sim, é a razão pela qual as pessoas ficam, especialmente em setores tão exigentes e estressantes.
Como a presença constrói confiança?
A confiança é a base de qualquer equipe sólida, e a presença do líder é o cimento. Quando você se mostra presente, você está, na verdade, comunicando: “Estou aqui. Você pode contar comigo.” Isso é vital em momentos de turbulência. É como um farol que guia o navio em meio à tempestade, sinalizando que, apesar de tudo, há alguém no comando, firme e acessível. Essa constância e visibilidade criam um ambiente onde as pessoas se sentem seguras para arriscar, inovar e até mesmo falhar, sabendo que terão apoio.
A diferença entre líderes distantes e acessíveis
O modelo antigo de liderança, aquele que glorificava a distância — sabe, o líder escondido no escritório da esquina, com a porta fechada e uma cadeia de comando super rígida para ganhar respeito? Pois é, esse modelo não funciona mais. O mundo mudou, e as expectativas também. Hoje, espera-se que os líderes sejam acessíveis, mas sem serem sufocantes; presentes, mas sem microgerenciar; e disponíveis, sem perder de vista a missão maior da empresa.
Manter esse equilíbrio é um verdadeiro desafio e exige muita intenção. Significa ser muito cuidadoso com a forma e o local onde você investe seu tempo. Significa ter a disciplina de se manter visível, mesmo quando seria muito mais fácil se esconder atrás de dados, painéis de controle ou simplesmente delegar tudo. Na BGN, por exemplo, a presença se manifesta em ir pessoalmente a novos mercados, em vez de depender de intermediários à distância. É estar pronto — e até honrado — para responder a perguntas difíceis em fóruns abertos, mesmo que você não tenha todas as respostas. E, claro, significa dedicar tempo para conversas reais com clientes, trabalhadores portuários, técnicos e até mesmo novos contratados, não apenas com o círculo executivo. É um mergulho na realidade, sabe?
A presença e seu impacto em líderes femininas
Para as mulheres na liderança, a presença muitas vezes é mal interpretada. A gente ouve muito: “fale mais alto”, “ocupe seu espaço”, “comande a sala”. Mas a presença autêntica, como temos aprendido, tem menos a ver com performance e mais com estar enraizada em nossos valores, prioridades e responsabilidades. É sobre ser quem você é, de forma genuína.
Quando líderes femininas se apresentam com clareza e calma, isso quebra as expectativas de um jeito muito positivo — especialmente em ambientes onde somos sub-representadas. Muda a energia do lugar e ajuda a focar a atenção na missão, na visão e no impacto mais amplo do trabalho da empresa. E, em muitos contextos, isso abre a porta para que outros também liderem de uma forma diferente, com mais empatia, mais nuances e mais profundidade. É um efeito cascata que beneficia a todos.
Dicas para cultivar a presença
Como quase tudo na vida, a presença é uma prática, um hábito que a gente refina com o tempo. Não é algo que nasce com você pronto; exige esforço intencional. Ao longo dos anos, percebi que existem algumas maneiras bem simples de cultivar essa presença:
- Esteja disponível quando mais importa. Não apareça só nos bons momentos. Esteja lá também nos contratempos, nas dificuldades. É aí que sua presença realmente conta.
- Ouça mais do que fala. Especialmente quando as tensões estão altas. A presença, muitas vezes, é sobre abrir espaço para que os outros se expressem.
- Responda, não reaja. As pessoas notam quando você mantém a calma sob pressão. Isso cria um ambiente de segurança psicológica para elas e para o grupo todo.
- Seja consistente. Nos seus valores, no seu tom de voz e no seu acompanhamento. Líderes imprevisíveis, mesmo que pareçam eficazes no curto prazo, perdem a confiança a longo prazo.
- Invista seu tempo nas pessoas. É de onde vêm a lealdade, os insights valiosos e a inovação. As relações humanas são o verdadeiro motor.
Conclusão: a presença como combustível para o sucesso
Em um mundo que parece obcecado por velocidade, escala e visibilidade, a presença pode parecer algo lento ou até “suave” demais. Mas, por favor, não subestime o poder dela. A presença é o que mantém uma empresa firme durante as transições. É o que impede que clientes importantes abandonem o barco em meio a um conflito. É o que dá às equipes a coragem de agir com ousadia, porque elas sabem que o líder está ali, lado a lado.
Quando a liderança é baseada na presença e na substância — e não no ego —, é aí que o trabalho de verdade acontece. Se relacionamentos poderosos e duradouros são o motor de um negócio forte, então a presença, meu amigo, é o combustível que faz tudo isso andar. Pense nisso na sua próxima reunião, na sua próxima decisão, na sua próxima interação. Sua presença importa, e muito!
Givanildo Albuquerque