Você já se deparou com o erro duplicação no Google Search Console? Não se preocupe, vamos desvendar como solucioná-lo e otimizar seu site!
Desvendando o Erro “Duplicado sem Canônico Selecionado” no Google Search Console
Se você já se deparou com a mensagem “Duplicado sem canônico selecionado” no seu Google Search Console, sabe que a sensação não é das melhores. É como se o Google estivesse dizendo: “Ei, tem algo aqui que não está claro para mim!”. Mas calma, não é o fim do mundo. Esse é um dos erros mais comuns e, com as estratégias certas, dá para resolver e deixar seu site tinindo para os motores de busca.
Onde Encontrar e Como Começar a Corrigir
Primeiro, vamos localizar o problema. No Google Search Console, vá até o relatório de Páginas. Lá, você encontrará a seção “Por que as páginas não estão indexadas”. É ali que o erro “Duplicado sem canônico selecionado” costuma aparecer. Uma vez que você o encontre, o ideal é exportar esse relatório para uma planilha. Assim, fica mais fácil analisar e organizar as URLs afetadas.
A Importância das Tags Canônicas
As tags canônicas são como um farol para o Google, indicando qual versão de uma página é a “oficial” quando existem várias URLs com conteúdo similar ou idêntico. Se o Google está selecionando a própria versão canônica, isso pode ser um sinal de que suas tags não estão claras. Para investigar, pegue uma amostra de umas 10 URLs do seu relatório e use a ferramenta “Inspecionar URL” no Google Search Console. Se você notar que o Google está escolhendo a canônica por conta própria, o ideal é implementar tags canônicas auto-referenciais em todo o seu site.
Fique de olho em padrões comuns de duplicação que podem ser resolvidos com canônicas bem aplicadas, como:
- URLs com parâmetros: Aquelas URLs que vêm com um ponto de interrogação (?) e um monte de códigos depois. Elas devem ter uma tag canônica auto-referencial.
- Subpastas de idioma: Se você tem versões do seu site em diferentes idiomas (ex: /en/), certifique-se de que as canônicas estão apontando para a versão correta.
HTTPS, Barras Finais e WWW: Detalhes que Fazem a Diferença
Pode parecer bobagem, mas pequenos detalhes na estrutura da sua URL fazem uma diferença enorme para o Google. Vamos a eles:
HTTP vs. HTTPS: A Preferência do Google
O Google tem uma preferência clara por sites seguros, ou seja, aqueles que usam HTTPS. É como comparar um filme em VHS com um em 4K: a qualidade e a segurança são incomparáveis. O próprio Gary Illyes, do Google, já confirmou: “Você sabia que URLs HTTPS em um cluster duplicado têm uma chance maior de se tornarem canônicas?”. Se você ainda tem versões HTTP do seu site aparecendo no relatório, é crucial configurar um redirecionamento 301 do HTTP para o HTTPS. Se não for possível, adicione uma tag canônica para cada variante HTTP.
A Barrinha no Final da URL (Trailing Slash)
Essa pequena barra (/) no final da URL pode causar uma grande dor de cabeça. Para o Google, https://seusite.com/pagina e https://seusite.com/pagina/ são duas páginas diferentes! John Mueller, também do Google, explicou que “a barra depois de um nome de host ou domínio é irrelevante… mas uma barra em qualquer outro lugar é uma parte significativa da URL e a mudará se estiver lá ou não”. A chave aqui é a consistência. Escolha um padrão (com ou sem a barra final) e configure redirecionamentos 301 de todas as URLs que não seguem esse padrão para a versão preferida.
WWW ou Não WWW: Escolha um Lado
Assim como a barra final, o “www” no início da sua URL também é visto como uma entidade separada pelo Google. https://www.seusite.com e https://seusite.com são tratadas como duas entradas distintas. Não há uma versão melhor que a outra; o importante é escolher uma e ser consistente. Configure um redirecionamento 301 da versão que você não quer usar para a sua versão preferida.
IDs de Sessão e Parâmetros de Rastreamento
URLs com IDs de sessão ou parâmetros de rastreamento (como `?utm_source=`) são como o mesmo prato com temperos diferentes: para o Google, são URLs individuais, o que gera conteúdo duplicado. A melhor forma de lidar com isso é:
- Não incluir a URL com parâmetro em links internos.
- Sempre usar uma tag canônica auto-referencial que não inclua os parâmetros.
- Configurar seu arquivo robots.txt para bloquear esses parâmetros. Por exemplo:
User-agent: * Disallow: /*?sessionid= Disallow: /*?utm_source=
A Regra de Ouro: Conteúdo Original
O Google não vai “punir” seu site por ter conteúdo duplicado com uma penalidade direta, mas ele vai filtrar as páginas mais fracas, similares ou repetitivas. Isso significa que sua página pode simplesmente não aparecer nos resultados de busca. Pense bem: você está usando a mesma introdução ou as mesmas perguntas frequentes em várias páginas de produto ou localização? Isso faz com que seu conteúdo se misture na multidão.
O objetivo é garantir que cada pedaço de conteúdo seja pelo menos 50% único, especialmente nas descrições de produtos ou informações regionais. Se seu conteúdo é muito “template”, os motores de busca podem ficar entediados e não dar a devida atenção. Mantenha seu conteúdo fresco, com um ângulo diferente e informações valiosas para o usuário. Resolver o erro “Duplicado sem canônico selecionado” passa, inevitavelmente, por uma auditoria e otimização do seu conteúdo.
Givanildo Albuquerque